A eleição municipal de Iguatu em 2024 pode ter terminado nas urnas, mas a batalha entre as coligações continua acirrada nos tribunais. As duas principais alianças, “Pra Mudar Iguatu”, liderada por Ilo Neto (PT), e “Iguatu Merece Mais”, encabeçada pelo prefeito eleito Roberto Filho (PSDB), protocolaram ações judiciais que questionam a lisura e a legitimidade do pleito.
Por um lado, a coligação “Pra Mudar Iguatu” apresentou uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra Roberto Filho, apontando supostos abusos de poder econômico e influência de facções criminosas na campanha. Já a coligação “Iguatu Merece Mais” acionou a Justiça Eleitoral pedindo a inelegibilidade de Ilo Neto por oito anos, acusando-o de envolvimento em um esquema de compra de votos.
Acusações contra Roberto Filho
A coligação de Ilo Neto acusa o prefeito eleito de práticas ilícitas que teriam influenciado diretamente o resultado eleitoral, como compra de votos e financiamento de campanha com suposto envolvimento de facções criminosas. Entre as denúncias está a prisão de Márcia Rúbia Batista Teixeira, advogada que teria agido como intermediária entre a campanha de Roberto Filho e membros de uma facção criminosa.
Mais tarde, a defesa de Márcia Teixeira entrou com representação e a prisao da advogada por arquivada, bem como o processo remetido para a Justiça Eleitoral.
Denúncia contra Ilo Neto
Por outro lado, a coligação “Iguatu Merece Mais” acusa Ilo Neto de compra de votos, com base na prisão em flagrante de dois membros de sua equipe de campanha, Edileuza Rosa da Silva e Luiz Alves de Souza. Durante a abordagem, foram encontrados documentos de eleitores, materiais de campanha, contas quitadas e um caderno que supostamente registrava a distribuição de dinheiro para controle de votos.
A ação solicita a inelegibilidade de Ilo Neto por oito anos, além da aplicação de multa e a cassação de seu registro ou diploma eleitoral. Segundo a coligação, as provas coletadas demonstram que as práticas ilegais estavam diretamente ligadas à campanha do candidato derrotado.
Clima de instabilidade política preocupa
O clima em Iguatu permanece tenso, com ambos os lados lutando para penalizar os adversários por irregularidades. Enquanto a coligação de Roberto Filho reforça as acusações contra Ilo Neto, o grupo liderado pelo candidato derrotado aposta na anulação do pleito por supostos crimes eleitorais.
Essas disputas judiciais prolongam o ciclo eleitoral, demonstrando que, para ambas as coligações, a eleição de 2024 ainda não chegou ao fim. Com processos em curso e desdobramentos esperados na Justiça Eleitoral, o futuro político de Iguatu segue envolto em incertezas.
