A Transnordestina Logística assinou um pré-contrato para a instalação de um terminal de cargas da ferrovia em Iguatu. A informação foi antecipada pelo jornalista Honório Barbosa.
O empreendimento não será realizado com recursos da administradora da ferrovia, mas de um grupo de empresários de Iguatu que serão responsáveis pela gestão do equipamento logístico. Segundo fontes ouvidas pelo Ângulo, o terminal de carga e descarga de Iguatu terá investimento superior a 20 milhões de reais.
De acordo com informações, o complexo será conectado à ferrovia nas proximidades das Barreiras, na fazenda Cedinho, em Iguatu. O local foi escolhido por ser ideal para um equipamento como este, pois está no entroncamento das rodovias que ligam Iguatu a Acopiara e Iguatu a Quixelô. O empreendimento é uma iniciativa de Eugério Queiroz e Renato Maia, empresários iguatuenses de sucesso.
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Segundo Eugerio, no primeiro momento, o terminal logístico de Iguatu será dedicado ao transporte exclusivo de grãos da região conhecida como MATOPIBA, uma abreviação os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, ricos em produção de grãos. Mais tarde existe a possibilidade de comercialização de outros produtos.
Iguatu foi escolhida pela posição estratégica no Ceará para sediar um equipamento logístico como este. Segundo a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) a cidade é o local ideal para um porto seco por conectar rodovias importantes do estado e estar no centro do Nordeste, conectando grandes centros urbanos em um raio de 100km.
Os investidores anteciparam que a construção do terminal deve começar ainda em 2024, com previsão de conclusão em agosto de 2025, quando a Transnordestina deve iniciar os primeiros transportes na rodovia. O trecho que liga Elizeu Martins, no Piaui, à Iguatu já está pronto.
Sonho antigo
Iguatu e região sonham com a chegada da ferrovia Transnordestina e do Porto Seco há pelo menos 15 anos. Tida por alguns como a volta dos tempos prósperos de Iguatu, em alusão ao período do Ouro Branco – época de grande produção de algodão na região, a ferrovia traz consigo uma nova era de oportunidades de trabalho na cidade.
Segundo estudo feito pela EJICEC, empresa júnior do Curso de Economia da Universidade Regional de Iguatu (URCA), o potencial de impacto socioeconômico do terminal de cargas de Iguatu é imenso. O levantamento aponta a cidade como estratégica no Ceará e corrobora as informações da SUDENE sobre a viabilidade técnica e econômica.
Iguatu agora se prepara para viver mais um capitulo de seu desenvolvimento por meio de filhos da cidade.
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