O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Iguatu (SPUMI) deflagrou greve geral nesta sexta-feira (06), após assembleia geral motivada por atrasos salariais em diversas secretarias do município. Segundo o sindicato, a paralisação permanecerá até que a gestão municipal regularize os pagamentos de todos os servidores afetados.
Setores como Educação e Saúde, considerados essenciais, não aderiram à greve, já que seus vencimentos estão em dia. Entretanto, serviços de assistência social, transporte e atendimento ao cidadão pelo CIAC devem ser os mais impactados pela paralisação.
O atraso nos pagamentos tem origem no bloqueio das contas da Prefeitura de Iguatu, determinado pela Justiça do Ceará, em função de precatórios que somam R$ 31 milhões. O bloqueio foi resultado de uma ação movida por credores que aguardam o pagamento das dívidas da administração pública.
De acordo com a presidente do SPUMI, Sayonara Fernandes, a situação é agravada pela não observância da data-base dos servidores, uma conquista que, segundo ela, não tem sido respeitada pela gestão municipal.
A Prefeitura informou que tem adotado medidas para resolver a situação. Após ter um recurso negado pelo Tribunal de Justiça do Ceará, solicitando o desbloqueio das contas e o parcelamento da dívida, a administração recorreu ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aguardando análise do pedido de desbloqueio.
Em nota, a Prefeitura reafirmou seu compromisso com o funcionamento dos serviços essenciais e a proteção dos direitos dos servidores. A gestão ressaltou que a situação está sendo tratada com seriedade e transparência e que busca soluções para minimizar os impactos na população e na administração pública.
A greve evidencia o impacto direto de questões financeiras e judiciais na prestação de serviços municipais e na relação entre a gestão e os servidores, ampliando a urgência por medidas que garantam a estabilidade e o funcionamento da administração local.
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