O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Iguatu (SPUMI) emitiu uma nota de repúdio nesta quarta-feira (15), manifestando indignação com a condução da atual gestão no caso dos precatórios que bloqueiam as contas do município. A nota acusa a administração de inércia e incompetência, reforçando que os atrasos nos salários dos servidores já comprometem o sustento de milhares de famílias.
A insatisfação aumentou após advogados da família Lima Verde, credores da dívida de R$ 31 milhões que levou ao bloqueio das contas municipais, revelarem que ainda não foram formalmente procurados pelo prefeito Roberto Filho (PSDB) para tratar de uma solução negociada. O comunicado dos representantes legais foi antecipado pelo jornalista Luís Sucupira e reforça que a família está disposta a dialogar e buscar alternativas céleres para resolver o impasse.
O débito histórico referente aos precatórios tem gerado um colapso financeiro na gestão municipal, agravado pela falta de iniciativas concretas para renegociar os valores. Durante uma coletiva de imprensa na última segunda-feira (13), Roberto Filho mencionou que houve contato indireto com advogados por meio de amigos, mas a equipe de defesa do credor nega qualquer abordagem oficial até o momento.
Na mesma ocasião, o prefeito assinou um decreto de calamidade financeira para permitir medidas emergenciais que priorizem os pagamentos dos servidores públicos. No entanto, a falta de ação efetiva quanto à negociação direta com os credores tem frustrado tanto o sindicato quanto a população.
Procurado, o prefeito ainda não se manifestou. A matéria será atualizada assim que obtivermos um posicionamento.
Nota oficial do SPUMI e reunião de servidores
O SPUMI destacou em sua nota que as justificativas da gestão municipal, atribuídas ao bloqueio judicial, são insuficientes para justificar os atrasos salariais e a falta de diálogo. “A inércia e a falta de compromisso da atual gestão são um desrespeito à dignidade de quem mantém a máquina pública funcionando, mesmo em condições adversas”, declarou o sindicato.
Uma assembleia foi convocada para sexta-feira (17), no Campus Humberto Teixeira, onde serão discutidas novas ações para pressionar a gestão municipal a apresentar respostas concretas.
Os advogados da família Lima Verde emitiram uma nota reafirmando a disposição para uma solução consensual, que consideram a via mais rápida e eficaz para normalizar a situação. “Colocamo-nos à disposição, como sempre estivemos desde o início do processo, para dialogar e buscar resolver definitivamente o problema que tem afetado o regular fluxo financeiro do município”, afirmaram.
A expectativa agora recai sobre um eventual avanço nas negociações e a capacidade da gestão municipal de equilibrar as finanças, garantindo o pagamento dos servidores e a retomada da normalidade administrativa em Iguatu.