Se você algum dia já se perguntou se vale a pena trocar seu roteador antigo por um com Wi-Fi 6, você está no lugar certo, e a resposta envolve mais do que números de megabits por segundo.
À primeira vista, a mudança em relação ao Wi-Fi 5 pode parecer apenas um aumento de velocidade, mas a realidade é bem mais interessante e com um número ainda maior de benefícios.
Embora a velocidade seja um ponto importante, a nova geração traz melhorias que impactam diretamente na estabilidade e na experiência de conexão.
Wifi 6: Mais velocidade… mas não é tudo
O Wi-Fi 6 é a sexta geração de internet sem fio. A tecnologia foi anunciada em 2019, proporcionando uma rede mais estável para a conexão de vários dispositivos.
O Wi-Fi 6 pode alcançar velocidades teóricas até 40% maiores que o Wi-Fi 5, graças a técnicas avançadas de modulação de sinal (OFDMA e 1024-QAM).
Na prática, isso significa downloads mais rápidos, streaming em 8K com menos travamentos e latência bem menor para jogos online.
Dessa forma, a nova geração foi projetada para lidar melhor com o cenário atual, onde dezenas de aparelhos estão conectados ao mesmo tempo.
Enquanto o Wi-Fi 5 já sofre perda de desempenho em redes congestionadas, o Wi-Fi 6 mantém a estabilidade mesmo quando há smartphones, notebooks, smart TVs, assistentes virtuais e câmeras de segurança disputando banda.
Graças a nova tecnologia, as mais recentes técnicas de modulação e divisão de canais permitem transmitir dados de forma mais eficiente para vários dispositivos ao mesmo tempo.
Economia de energia nos aparelhos
Outro ponto que chama atenção é a economia de energia.
Com o recurso Target Wake Time (TWT), dispositivos como celulares e notebooks economizam bateria, pois o roteador coordena exatamente quando eles precisam se conectar.
Isso evita que os dispositivos fiquem “acordados” procurando sinal, reduzindo o gasto desnecessário de energia.
Wi-Fi 6: Mais segurança
Introduzido pela Wi-Fi Alliance, o novo protocolo substituiu o anterior, o WPA2.
Basicamente, o WPA3 dificulta invasões e aumenta a criptografia e autenticação, fornecendo mais proteção das suas informações.
Assim, o Wi-Fi 6 já vem preparado para trabalhar com o protocolo de segurança WPA3 (Wifi Protected Acess 3), o protocolo de segurança mais recente para redes.
Como funciona o WPA3 no Wi-Fi 6?
O WPA3 utiliza uma criptografia mais robusta de 192 bits, para proteger os dados transmitidos entre dispositivos e redes.
Além disso, o WPA3 dificulta a quebra de senhas por meio de ataques de força bruta, exigindo interação com o dispositivo para cada tentativa de adivinhação, tornando esse tipo de ataque muito mais difícil de ser executado.
E a segurança não para por aí: Mesmo em redes abertas (onde qualquer pessoa pode se conectar), como por exemplo: cafés, praças, locais públicos, etc… o WPA3 oferece criptografia individualizada para cada usuário, protegendo os dados transmitidos.
Vale a pena trocar pelo Wi-Fi 6?
Para ter acesso à nova geração do Wi-Fi no Brasil, não basta apenas ter dispositivos compatíveis com ela, mas também um roteador capaz de transmitir o padrão de rede.
Dito tudo isto até aqui, você não precisa se preocupar: Se você tem poucos dispositivos e uma internet modesta, o Wi-Fi 5 ainda dá conta do recado.
Contudo, para quem busca velocidade máxima, estabilidade e tecnologia preparada para o futuro, o Wi-Fi 6 já é a escolha mais inteligente.
Em outras palavras, se você deseja criar uma casa conectada o Wi-Fi 6 é o padrão ideal, visto que os aparelhos utilizam a rede para sincronizar com uma plataforma específica.
Ou seja: assistentes de voz, como o Google Assistente, a Alexa, Siri e etc são melhor aproveitáveis no Wi-Fi 6, já que esses assistentes conectam-se melhor a equipamentos compatíveis com eles, sem instabilidades.
Conforme dito antes, não é só a eficiência que melhora: a segurança também dá um salto com o protocolo WPA3, que dificulta ataques e protege dados de forma mais robusta.
Embora o Wi-Fi 6 possa alcançar velocidades até 40% superiores às do Wi-Fi 5, o maior benefício está na experiência como um todo.
A maior estabilidade, segurança e capacidade de conectar tudo ao mesmo tempo tornam essa tecnologia um investimento que vai além de “simples números” que aparecem no seu teste de velocidade.
Para quem vive cercado de dispositivos e quer uma rede pronta para os próximos anos, a evolução não é só real: é necessária.