O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que as medidas anunciadas pelo governo para conter gastos não é o “gran finale” e que novas medidas podem ser adotadas, caso seja necessário. A declaração foi dada em almoço com banqueiros e CEOs de empresas, em São Paulo.
A fala do ministro vem logo após alta do dólar e forte negativa do mercado financeiro frente as medidas do governo. A moeda americana chegou ao patamar de R$ 6,11, o maior da série histórica.
“Agora, não vamos fazer tudo que precisa ser feito em uma bala de prata, e não é o grand finale do que a gente precisa fazer. Daqui três meses eu posso estar na planilha discutindo a evolução da previdência, do BPC. Pode ser que eu tenha que mandar leis para o Congresso”, afirmou Haddad.
O anúncio da isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil reais não foi bem aceita pelo mercado financeiro.
Para o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, se o governo não fizer uma nova reforma da previdência e mexer nos subsídios, o corte de gastos terá efeito modesto, e não deve resolver o problema: “se não mexer nas contas grandes vai ser um jeitinho. É melhor do que nada, mas não vai resolver.”