O Porto Seco de Quixeramobim está cada vez mais próximo de sair do papel. Recentemente, o CEO da Value Global Group, Ricardo Azevedo, deu detalhes de como o empreendimento deve ser.
Situado no coração do Sertão Central, o novo terminal de carga e descarga contará com um investimento de R$ 650 milhões, oriundo de recursos próprios da companhia.
A multinacional brasileira possui empresas no Rio de Janeiro e Santa Catarina, além de escritórios comerciais nos Estados Unidos, Alemanha e China.
Segundo nota enviada ao Diário do Nordeste, Azevedo explicou a concepção do porto seco de Quixeramobim e os motivos da seleção da cidade. “O projeto do Porto Seco em Quixeramobim nasceu há cerca de 5 anos, quando uma de nossas empresas enfrentou dificuldades operacionais para exportar cargas de minério de ferro provenientes do Piauí, via Porto de Pecém”, disse.
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Ricardo afirmou ainda que a empresa realizou estudos técnicos a convite do Governo do Ceará e identificou três possíveis áreas para a instalação do empreendimento. As cidades de Iguatu, Quixeramobim e Missão Velha foram mencionadas, porém, apenas Quixeramobim disponibilizou a área necessária.
Essa informação havia sido antecipada por Azevedo em audiência pública na Faculdade UNIFIC, em Iguatu, em abril passado. Naquela ocasião, o diretor da multinacional explicou que a empresa precisava de uma área de aproximadamente 130 hectares.
No final do mês passado, a Value Global abriu uma nova empresa para gerenciar o terminal intermodal do Sertão Central. O braço cearense da companhia se chamará Value Port Terminais Multimodais, com sede na Fazenda Serrote dos Bois, em Quixeramobim, nas proximidades do empreendimento.
O complexo, contudo, não deve se tornar um porto seco de imediato, mas sim um terminal de carga e descarga. Isso se deve ao fato de que um porto seco necessita de órgãos de fiscalização federal, como a alfândega, Polícia Federal, Anvisa, entre outros.
Apesar disso, a Value Global está otimista e espera iniciar as operações do terminal no final de 2026, quando as obras da Transnordestina chegarem ao Sertão Central. A companhia já firmou pré-contrato com 12 empresas.
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